A dança é o exemplo de manifestação
primitiva mais explícita da expressão do homem através do dualismo “corpo e
alma”, fenômeno que o filósofo René Descartes já tentava explicar desde o século
XVII. No caso da dança de salão, ao extravasar o campo mental individual, ela
trabalha simultaneamente dois corpos e almas, que contribuem mutuamente para a
construção de seu ser.
Os reflexos desta prática são inúmeros e
vão desde a melhoria no convívio social, passando por quebra de timidez, geração
de autoconfiança, até a formação social dos jovens e resgate de etiquetas que
foram esquecidas nos bailes imperiais.
Com seu papel social, a dança de salão possibilita o aprendizado não só da
técnica, mas de comportamentos que geram uma melhor interação entre os
praticantes e que acabam sendo levados para outros setores de sua vida. Um
exemplo disso são as atividades que extrapolam a dimensão física da sala de
aula. Passeios, excursões e saídas para bailes são comuns entre os praticantes
das danças a dois. Segundo a mestre em Psicologia da Universidade Veiga de
Almeida campus Cabo Frio, Renata Alves, isso acontece porque a dança melhora o
autoconceito do indivíduo ao trabalhar seu desempenho.
FONTE: DANÇA EM PAUTA.
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